Sobre a Prática da Fraternidade Universal
Theosophy
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Nota Editorial:
A Declaração da Loja Unida de Teosofistas
(LUT), mencionada no artigo a seguir, é a
expressão de um compromisso com a verdade
e a fraternidade universais. O documento pode
ser encontrado em nossos websites associados.
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Em algum lugar um Mestre disse: “A ingratidão não é um dos nossos defeitos”. Outras passagens do ensinamento teosófico sugerem que a “gratidão” em si mesma pode levar os estudantes a uma compreensão melhor do ensinamento e a uma melhor compreensão entre si.
No livro “O Oceano da Teosofia”, capítulo um, W. Q. Judge diz: “Uma vez mais os irmãos mais velhos indicam onde a verdade – a Teosofia – pode ser encontrada; e os colaboradores, pelo mundo inteiro, estão engajados em trazê-la à tona, para maior aceitação e propagação.”[1]
Deste modo, caros Companheiros – sim, todos vocês; os conhecidos e os desconhecidos; os visíveis e os invisíveis; os vivos e os mortos; os próximos e os distantes ( apenas geograficamente, é claro); aqueles que “se preocupam” em levar a Teosofia adiante, e aqueles que não se preocupam; e não esqueçamos aqueles companheiros que ainda devem somar-se a nós, e se somarão –; ponderem sobre essa verdade, meus amigos.
Só podemos estar separados na medida em que pensamos que estamos. Nós aprendemos com os instrutores, com o ensinamento, com nossa própria experiência e nossa compreensão; e o partilhamos. Consideremos brevemente o quanto aprendemos uns com os outros, como companheiros. Nossa compreensão da teosofia fica mais aguçada, focada, finamente sintonizada pela troca diária ou semanal com nossos companheiros. Há os companheiros que só vemos ocasionalmente, e que permanecem em nossos pensamentos, e há os companheiros da Internet, talvez da “Innernet” [literalmente, “rede interior”] , e que nos lembram de que a theos-sophia é global, universal. E o que dizer dos companheiros do futuro? Estes nos fazem sorrir e duplicar nossos esforços para estar preparados para dizer a diferença entre o que é sempre mutável e o que é sempre eterno; para entender que a mudança na forma deve seguir as necessidades da consciência; e para seguir sorrindo.
No entanto, no relacionamento com os companheiros, vivemos “discordâncias e diferenças de opiniões individuais”. Talvez não possamos perceber como os nossos bons companheiros (presentes, passados ou futuros) foram, são, ou serão, tão tontos.
Aqui chegamos a uma pausa. A auto-observação revela que temos aprisionado e separado a nós próprios através de palavras, frases, conceitos, “velhas maneiras de se expressar”. Somos forçados a repensar nossa linguagem preferida. Lembramos a nós próprios do laço único “da meta, do propósito e do ensinamento”; e dos teosofistas definidos como aqueles que estão “engajados no verdadeiro serviço pela Humanidade”. (Será que estas frases da Declaração da LUT são apenas palavras que admiramos? Ou são pequenos mantras que tornam a natureza manásica [mental] mais atenta? Devemos examiná-las.)
O esforço para examinar o que o “eu pequeno” estava pensando (ou não estava) é um excelente exercício; uma prática que empurra o “eu pequeno” para mais perto da aceitação do que é comum a todos. E lentamente, se examinarmos nossas reações, veremos que somos aprisionados e separados por escolhas de palavras, e somos libertados por uma confiança honesta e pelo amor. Muita coisa pode ser ganha a partir de um calmo exame sobre “o que me mobiliza”, ao invés de julgar as “falhas” que julgamos ver nos outros.
Uma base para a empatia que permite ver além do “eu pequeno” é a gratidão: a gratidão pelos Mestres, por H.P. Blavatsky, por W. Q. Judge, por Robert Crosbie e pelos “companheiros em todo o mundo que estão engajados em trazer a verdade à tona, para maior aceitação e propagação.”
Portanto, companheiros, obrigado a vocês todos pelo seu bom trabalho.
NOTA:
[1] Veja o Capítulo Um de “O Oceano da Teosofia”, obra que está disponível em nossos websites associados.
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Otexto acima foi traduzido da revista “Theosophy”, de Los Angeles, Theosophy Company, edição de setembro/outubro 2006, pp. 234-235.
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Sobre o mistério do despertar individual para a sabedoria do universo, leia a edição luso-brasileira de “Luz no Caminho”, de M. C.
Com tradução, prólogo e notas de Carlos Cardoso Aveline, a obra tem sete capítulos, 85 páginas, e foi publicada em 2014 por “The Aquarian Theosophist”.
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